sábado, 4 de junho de 2011

As arenas e a identidade das torcidas

            Peñarol e Vélez Sarsfield disputaram ontem uma vaga na final da Libertadores, o destaque vai para o belíssimo espetáculo proporcionado por argentinos e uruguaios nas arquibancadas, tanto no Centenário na semana passada, quanto no José Amalfitani ontem. Teve de tudo, bandeiras, bandeirões, faixas, chuva de papel picado e até fogos de artifício, empolgante. O show das torcidas em estilo tipicamente sul-americano mostrou que é possível vislumbrar a conciliação entre a necessária modernização dos estádios e a manutenção da "festa popular".


Festa da torcida do Fluminense na Libertadores. As arenas vão acabar com isso?
          
            Com a construção das arenas pelo Brasil a tendência é que o jogo de futebol se torne um evento mais elitizado, fenômeno já em andamento diga-se de passagem no Brasil e pelo qual a Europa já passou. Lutar contra a tendência é difícil, porém não ser submisso à ela é possível.
            Na Inglaterra, por exemplo, o que se "perdeu" com a modernização foi a violência. Os hoolingans foram expulsos do cenário de futebol, o show das torcidas não. A forma de torcer, talvez seja mais fria, mas isso é uma questão cultural, as características, o jeito britânico de torcer continuam intactos. O caminho para não desfigurar a "festa do futebol brasileiro" é esse, não confundir organização com quadradice aproveitando o melhor da Europa e mantendo a identidade das nossas torcidas.

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