segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quem é quem futebol brasileiro

A era dos pontos corridos modificou a organização dos clubes no Brasil. Melhor planejamento e regularidade passaram a ser premiados e enquanto antes da nova fórmula era muito difícil fazer prognósticos, agora podemos tentar escolher os cinco, seis candidatos sem dar total um tiro no escuro. No Brasil existem no mínimo doze grandes equipes( SP: 4; RJ: 4; MG: 2; RS: 2) que em uma fórmula de mata-mata podem crescer e faturar o caneco, nos pontos corridos a situação é outra e o que já se pode enxergar nesses  oito anos de disputa (estamos prestes a conhecer o nono campeão dos pontos corridos) é que alguns desses grandes se consolidaram entre a real elite do futebol brasileiro:

Os seis melhores ano a ano desde os primeiros pontos corridos


2003 2004 2005 2006
Cruzeiro  Santos Corinthians São Paulo
Santos  Atlético Paranaesnse Internacional Internacional
São Paulo São Paulo Goiás Grêmio
São Caetano  Palmeiras Palmeiras Santos
Coritiba  Corinthians  Fluminense Paraná
Internacional Goiás Atlético Paranaense Vasco 




2007 2008 2009 2010
São Paulo São Paulo Flamengo Fluminense
Santos Grêmio  Internacional Cruzeiro
Flamengo Cruzeiro São Paulo Corinthians
Fluminense Palmeiras Cruzeiro Grêmio
Cruzeiro Flamengo  Palmeiras Atlético Paranaense
Grêmio Internacional Avaí Botafogo


São Paulo, Internacional e Cruzeiro são os mais regulares desde 2003. O Tricolor tem 6 aparições no top 6, ficou de fora em 2005 (ano do título da Libertadores) e no ano passado. Inter e Cruzeiro tem 5 aparições, ficaram apenas 3 vezes fora do top 6, neste período além da regularidade no Brasileirão o Inter trouxe duas Libertadores para casa.

No segundo pelotão do futebol brasileiro na era dos pontos corridos aparecem Santos, Grêmio e Palmeiras. Destaque para o Alvinegro praiano que além de ter quatro presenças no topo da tabela conquistou uma copa do Brasil e uma Libertadores.

Flamengo, Corinthians e Fluminense estiveram entre os seis melhores em três ocasiões e foram campeões da Copa do Brasil. Outro que esteve três vezes na parte de cima da tabela foi o Atlético Paranaense.

O Goiás que está na segundona apareceu em 2004 e em 2005 enquanto Paraná, Avaí, São Caetano, Coritiba tiveram seus quinze minutos de fama com uma aparição. Vasco e Botafogo que ressurgem de dois anos para cá também chegaram no top 6 uma vez nos últimos oito Brasileiros.


Número de presenças no top 6:

6  São Paulo (+ 1 Libertadores)
5  Internacional  (+ 2 Libertadores)
5  Cruzeiro (+ 1 Copa do Brasil)
4  Santos (+ 1 Libertadores + 1 Copa do Brasil)
4  Grêmio
4  Palmeiras
3  Fluminense (+ 1 Copa do Brasil)
3  Flamengo  (+ 1 Copa do Brasil)
3  Corinthians  (+ 1 Copa do Brasil)
3  AtléticoPR
2  Goiás
1  Vasco + 1 Copa do Brasil e Botafogo,Paraná, Avaí,São Caetano,Coritiba,


São Paulo, incontestável.

O São Paulo é o grande clube brasileiro da era dos pontos corridos qunado não ganhou estava ali e quando não esteve ali é porque estava lá, em Tóquio, conquistando o mundo. Nunca terminou um brasileiro, desde 2003, na metade de baixo da tabela.

Internacional, o segundo

O Inter segue a mesma linha do São Paulo, sempre com bons times, com um pequeno desvio de rota em 2007, quando foi o décimo primeiro. Lembrando que o Inter foi o único brasileiro duas vezes campeão da Libertadores nesse período

Palmeiras e o jejum de títulos

Santos, Grêmio, Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Fluminense são os outros grandes que fazem bem o seu papel, nem sempre estão por lá, o que é absolutamente normal em um cenário com muitos outros fortes adversários a oscilação é inevitável. Se analisarmos que o Palmeiras esteve tantas vezes entre os seis melhores quanto Santos, mais do que Corinthians, Flamengo e Fluminense e MUITO mais do que o Vasco (esses todos já puderam gritar É CAMPEÃO de 2003 para cá) é de se estranhar que o alviverde esteja tanto tempo sem ganhar nada, estar entre os seis melhores do Brasil significa ter uma equipe de respeito que faz frente a qualquer outra do país e da América do Sul. Ou falta sorte e competência na hora de decidir ou o extra campo atrapalha muito os jogadores do Palestra, se tiver que escolher uma fico com a segunda.

A verdade sobre os Atléticos

O maior Clube Atlético do Brasil é o Paranaense, não o Mineiro. O furacão vira e mexe esta aí, foi vice em 2004, chegou à final da Libertadores em 2005 e foi quinto colocado no brasileiro do ano passado.Tudo bem que briga diretamente com o Galo para não cair em 2011, mas isso não é nenhum absurdo, e diga-se de passagem já aconteceu com o Alvinegro em 2005. Além do rebaixamento em 2005 o o Alético Mineiro não tem sequer uma presença entre os seis melhores do país desde que a era dos pontos corridos começou é um time que se consolida ano a ano como não-força do futebol brasileiro, apesar da apaixonante torcida.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Grandes jogos - Brasil 4 x 2 Argentina [07/09/99]

Juan Sebástian Verón anunciou  que vai pendurar as chuteiras, a última partida está marcada para o dia 30, contra o Racing, mas o DOENTE91 já aproveita para homenagear esse que herdou do pai o talento e honrou a sua linhagem apresentando o mais  fino futebol porteño nos gramados mundo afora.

Verón jogou em uma época em que infelizmente, para ele e nossos hermanos, não houve grandes vitórias argentinas sobre nossa seleção, desde que "La Brujita" estreou na seleção foram 17 jogos, 9 vitórias do Brasil, 5 da Argentina e 3 empates, sem contar as duas Copas Américas e a Copa das Confederações vencidas pelo lado brasileiro contra nenhum título deles em cima do Brasil.

Seu tempo era um tempo de gênios, e de dezenas de belíssimos jogadores que talvez não tenham tido os aplausos que mereciam. Verón foi da época em que um Brasil e Argentina, mesmo que apenas um amistoso, mexia de verdade com os nervos do torcedor, era craque pra tudo que é lado.E nessa homenagem com cara de agulhada, nada mais merecido do que lembrarmos um desses grandes pegas que, como muitos do período, acabou com vitória canarinha.

O cenário não poderia ser melhor, Beira-Rio lotado em pleno feriado da Independência, os hermanos tinham Ortega, Verón, Crespo, Ayala... Um bom time argentino. Mas o Brasil, ah meu amigo, era uma baita seleção, Dida no seu auge fechava o gol, nas laterais Cafu e Roberto Carlos voando, no meio Zé Roberto, aquele que pouco tempo atrás só não fez chover na Libertadores pelo Santos e mais pra frente Rivaldo, que seria eleito o melhor do mundo em 99 e que ainda é destaque no Brasileiro DOZE anos depois daquela partida, a revelação gremista e futuro melhor do mundo Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo que totalmente fora de forma foi acima da média no Corinthians, todo mundo lembra dele fininho né? Deu no que deu, show brasileiro! 4 a 2, três de Rivaldo que jogou demais e um do Fenômeno.

Foi um jogaço, teve bicleta, gol anulado três gols em cinco minutos. A massa que lotou o Beira-Rio vibrava a cada gol como se a partida valesse título mundial, era de empolgar qualquer um. Há algum tempo que os jogos da seleção não são mais assim, é tarefa duríssima aguentar jogo no Irã, na Arábia, na Inglaterra, o de Belém salvou pela festa da torcida mas o nível técnico tem deixado a desejar, e muito. Será que um dia ainda voltaremos a ter amistosos com essa cara e essa qualidade?

Ahhh. Só para lembrar, isso tudo sem Romário! O baixinho com certeza iria guardar o seu...

28" A vibração do torcedor fala por si: quanto mais perto de casa a seleção estiver melhor