sábado, 18 de junho de 2011

Personagens - Ariel Ortega

      ORTEGA, e a comum imprevisibilidade                



      O River Plate briga, no sábado, para não disputar a repescagem de rebaixamento do campeonato argentino. Triste fase mas, como é sabido, quase nunca foi assim. Os Millionários estão acostumados a conquistas e a grandes decisões estando no caminho de muitos brasileiros em algumas edições recentes da Libertadores, seu último título na competição foi em 1996, com um time cheio de grandes nomes que mais tarde ajudaram a formar a base da seleção Argentina das Copas de 98 e 2002. E entre personagens como Ayala, Sorín e Crespo o destaque vai para Ariel Ortega.
       El Burrito, era considerado por muitos, talvez por sua cabeleira e provavelmente pela qualidade de seu futebol, o sucessor de Maradona. O camisa 7 passou por alguns clubes da Europa depois do título da Libertadores. Valencia, Sampdoria, Parma, regressou ao River em 2000 para dois anos mais tarde tentar a sorte no Fenerbahce. Jogou também no Newell's Old Boys, de Rosário para em 2006 prestar mais quatro anos de serviços a Los Millionários. Ortega jogou o Clausura de 2011 pelo All Boys, emprestado pelo River e não deve nem renovar nem voltar para o Monumental.



      Para os brasileiros Ortega pode até trazer boas lembranças, a explicação é lógica, sem ofensas aos hermanos mas encarar Romário, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos era complicado. Mas, apesar da dificuldade contra a amarelinha Ariel era um jogador de extrema inteligência e categoria como é possível ver no vídeo acima, a música não é do mais fino gosto mas o pouco que as imagens mostram traduzem uma parcela da classe de Ortega. Atualmente seu nome não é tão comentado, mas lances como os mostrados no vídeo, se acontecessem nos dias de hoje, com certeza seriam alvo de muito mais repercussão do que na sua época (vale ressaltar que vários vídeos com mais lances do meia estão disponíveis na rede, caso alguém proteste sob o argumento de que uma carreira não se traduz em apenas meia dúzia de lances). A impressão que fica é que técnica e o improviso eram mais comuns, que existiam mais jogadores capazes de produzir em alto nível como Ariel. Estaria o futebol ficando mais previsível? Fica a questão.

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