segunda-feira, 27 de junho de 2011

Momentos - meia lua de Gil

Torneio Rio-São Paulo - Primeiro jogo da Final [ 05/05/2002 ]


Mais um motivo para os Conrintianos comemorarem. Depois da goleada no clássico de ontem é so lembrar de um dos grandes momentos do time contra o rival. O ano, 2002. Na final do exinto torneio Rio-São Paulo, o placar marcava 2 a 1 para o timão quando Gil recebeu de Vampeta pela ponta esquerda passou com uma meia lua pelo zagueirão Émerson e bateu. 3 a 1(veja no vídeo).




Belletti diminuiu para o São Paulo, 3 a 2. No segundo jogo o Corinthians conquistou o título com um empate por 1 a 1, mas o que ficou na memória foi a linda jogada do atacante alvinegro na primeira partida da final. O detalhe curioso fica por conta do regulamento da fase final, em caso de empate os jogos seriam decididos pelo números de cartões.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Injustiças do Brasileiro

       A fórmula dos pontos corridos é unânimidade nos quesitos justiça e estímulo à organização dos clubes, mas mesmo assim está longe de ser perfeita. A justiça nos pontos corridos está contida na igualdade de desafios que um time precisa enfrentar ao longo da competição, todos os times enfrentam todos, os confrontos são os mesmos, e ainda assim em situações normais, sem alteração de tabela, essa igualdade já não é plena. Os melhores exemplos estão nas rodadas finais, um time que briga pelo rebaixamento vai vender a derrota muito mais caro do que quando já estiver rebaixado, vantagem de quem o confrontar depois, o mesmo vale para um candidato ao título, à vaga na Libertadores, etc.
      Quando a tabela é alterada a situação é semelhante. Na data original do jogo uma equipe pode estar em melhor ou pior fase do que na data da remarcação, beneficiando ou prejudicando seu adversário em relação aos que enfrentaram o primeiro na sequência correta. Por isso a mudança de datas deve ser evitada ao máximo, o que não ocorreu na última rodada do brasileiro.
      O Santos foi liberado pela CBF, muito talvez se deva a escolha do Pacaembú em detrimento do Morumbi como palco do jogo decisivo da Libertadores pelo time da Vila, de disputar ontem o clássico contra o Corinthians sob o argumento de não aguentar a maratona de jogos. A medida compromete duas vezes o campeonato. O confronto com o Corinthians será agora apenas em agosto o contexto será outro, o Santos pode estar mais forte, mais fraco o time do Parque São Jorge idem e a tabela será sempre contaminada com o jogo a menos tanto de um como de outro, por outro lado o jogo entre Corinthians e São Paulo também será prejudicado com as duas semanas de descanso do timão. Se o problema era a Libertadores faria mais sentido abdicar de todos os jogos do Brasileiro até que a participação do Peixe na competição continental se encerrasse


SELEÇÃO DESFALCA CLUBES

      Outra injustiça são as convocações para as seleções tanto a principal como a Sub-20, com o calendário do Brasileirão coincidindo com a de competições internacionais alguns times serão muito prejudicados com a ausência de seus atletas.

CLUBES COM MAIS CONVOCADOS

Analisando os quadros fica claro que Santos e Sao Paulo são os mais prejudicados se levarmos em conta o peso dos atletas que perdem. Elano, Paulo Henrique, Neymar e seus possíveis substituos Felipe Anderson e Alan Patrick pelo Santos e Lucas, Casemiro, Henrique pelo São Paulo. Prejuízo total para a dupla San-são. Por essas, e algumas outras, o Brasileirão passa longe da justiça.

sábado, 18 de junho de 2011

Personagens - Ariel Ortega

      ORTEGA, e a comum imprevisibilidade                



      O River Plate briga, no sábado, para não disputar a repescagem de rebaixamento do campeonato argentino. Triste fase mas, como é sabido, quase nunca foi assim. Os Millionários estão acostumados a conquistas e a grandes decisões estando no caminho de muitos brasileiros em algumas edições recentes da Libertadores, seu último título na competição foi em 1996, com um time cheio de grandes nomes que mais tarde ajudaram a formar a base da seleção Argentina das Copas de 98 e 2002. E entre personagens como Ayala, Sorín e Crespo o destaque vai para Ariel Ortega.
       El Burrito, era considerado por muitos, talvez por sua cabeleira e provavelmente pela qualidade de seu futebol, o sucessor de Maradona. O camisa 7 passou por alguns clubes da Europa depois do título da Libertadores. Valencia, Sampdoria, Parma, regressou ao River em 2000 para dois anos mais tarde tentar a sorte no Fenerbahce. Jogou também no Newell's Old Boys, de Rosário para em 2006 prestar mais quatro anos de serviços a Los Millionários. Ortega jogou o Clausura de 2011 pelo All Boys, emprestado pelo River e não deve nem renovar nem voltar para o Monumental.



      Para os brasileiros Ortega pode até trazer boas lembranças, a explicação é lógica, sem ofensas aos hermanos mas encarar Romário, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos era complicado. Mas, apesar da dificuldade contra a amarelinha Ariel era um jogador de extrema inteligência e categoria como é possível ver no vídeo acima, a música não é do mais fino gosto mas o pouco que as imagens mostram traduzem uma parcela da classe de Ortega. Atualmente seu nome não é tão comentado, mas lances como os mostrados no vídeo, se acontecessem nos dias de hoje, com certeza seriam alvo de muito mais repercussão do que na sua época (vale ressaltar que vários vídeos com mais lances do meia estão disponíveis na rede, caso alguém proteste sob o argumento de que uma carreira não se traduz em apenas meia dúzia de lances). A impressão que fica é que técnica e o improviso eram mais comuns, que existiam mais jogadores capazes de produzir em alto nível como Ariel. Estaria o futebol ficando mais previsível? Fica a questão.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tá liberado

     A câmara dos deputados aprovou ontem, em sessão extraordinária, a Medida Provisória 527. Entre outras ações foi instaurado o Regime de contratações diferenciado, RDC, para licitações que envolvam obras que serão utilizadas na Copa e nas Olímpiadas. Na prática o RDC libera o aumento do orçamento para todas as obras relacionadas aos dois grandes eventos desportivos quando as seguintes "emergências" acontecerem: Necessidade de alteração do projeto a pedido da Fifa e do COI; exigência da Administração Pública; Recomposição financeira causada por motivos de força maior, enchentes, acidentes etc. A primeira é particularmente preocupante, já que é fato consumado que a FIFA é gerida por corruptos declarados.
Correria das obras pode facilitar desvio de verbas
     Para quem não sabe, ou apenas suspeitava, a ilegalidade da instituição máxima do futebol está aí para quem quiser ver. A sede na Suiça, país sem tradição no futebol e reconhecido paraíso fiscal é apenas um sinal da falta de honestidade dos membros da entidade, da qual Ricardo Teixeira, o "cara" que organiza a copa no Brasil, faz parte. As evidências ficam por conta do tribunal de Zug, que julgou o caso das propinas da ISL, empresa que controlou o Marketing e os direitos televisivos de competições organizadas pela FIFA até 2001, ano de sua falência. Durante o processo foi confirmada a movimentação de cerca de 115 milhões de dólares em propinas para dirigentes de todo o mundo e executivos da entidade confirmaram a participação no negócio.Atualmente a ISL não existe mais, mas a Infront controlou na última Copa cerca de 40% dos direitos televisos do evento, a empresa é presidida pelo sobrinho de Joseph Blatter, Phillipe Blatter. Os negócios continuam obscuros.
     Nossa câmara ignora todas as evidências e dá carta branca para Blatter, Ricardo Teixeira e companhia fazerem a festa com o dinheiro do contribuinte e para piorar, a MP preve também sigilo no orçamento das obras. A esperança é agora a votação do senado, já que a orientação do PT, partido da Presidente foi de aprovar a medida.

Fontes:

Jornalista Andrew Jennings fala sobre corrupção da Fifa no programa "Bola da vez" da ESPN

MP 527 é arpovada

Saiba quais deputados votaram "sim" na MP que dá poderes à Fifa e CBF - Mauro Cézar Pereira

terça-feira, 14 de junho de 2011

Grandes Jogos

                    


            Santos 3 x 1 Grêmio - 06/06/2007






Renatinho, só faltou pedir música naquele jogo
    A estrela do Santos era Zé Roberto, craque do time, jogando um futebol espetacular levou uma boa equipe do Santos à Semi-final da Libertadores, mas o personagem do jogo foi mesmo Renatinho, revelação do Santos no ano anterior agora no São Caetano. Antes de se tornar protagonista da semi-final Renatinho viu Diego Souza abrir o placar para o Grêmio, com o gol do Tricolor gaúcho o Santos precisava de quatro gols para se classificar. Renatinho igualou antes do intervalo mantendo acesa as esperanças da torcida Santista.
    Aos 15 da etapa final Renatinho marcou o segundo, faltavam dois. Pressão do Santos, a partida estava eletrizante. A comoção era tamanha que, durante a partida, dois amigos, um São Paulino e um Palmeirense, que acompanhavam a partida junto à mim e mais outro, esse Santista, se juntaram a torcida alvinegra.
    Mais um do Santos! Zé Roberto, de primeira já dentro da área, Golaço! Todos na sala comemoraram. Faltava só mais um golzinho, e pelo menos mais quinze minutos de jogo, não deu. o Grêmio acabou sendo o representante brasileiro nas finais daquele ano, contra o Boca de Riquelme. O Tricolor Gaúcho também era um bom time com revelações, Lucas, Carlos Eduardo, e bons jogadores como o zagueiro Willian, Tcheco e Diego Souza, além do ascendente Mano Menezes no comando. Foi uma grande semi-final.




 Gols do jogo

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os refugos do Furacão

      O Atlético Paranaense fez seu primeiro gol no campeonato e quase conseguiu sua primeira vitória no Brasileirão. Madson foi o autor da cobrança que balançou as redes do goleiro Felipe, do Flamengo, Deivid marcou para o Rubro-negro carioca definindo o placar do encontro, 1 a 1. Com o empate, o Flamengo chegou a seis pontos na décima primeira colocação, pouco para o campeão carioca, já o Furacão divide a lanterna com o Avaí. 

de onde vieram as apostas do Furacão

     Madson é velho conhecido da torcida do Santos, com pouco espaço em uma equipe cheia de bons jogadores foi liberado no começo do ano pela diretoria alvi-negra, mas o ex-jogador do Santista não é o único exemplo de "reaproveitamento de talentos" no Atlético Paranaense nessa temporada. A lista dos refugos é extensa, Wendel, Marcelo Oliveira, Guerron, Cléber Santana, o goleiro Márcio, Wagner Diniz, Kléberson, Madson são as apostas da diretoria, todos comandados por mais um trazido na baixa, o técnico Adílson Batista.
      Todos, inclusive Adílson, já mostraram que podem fazer bons trabalhos e dar alegrias para sua torcida, mas será que tantos renegados ao mesmo tempo trarão os resultados esperados à equipe paranaense? As primeiras rodadas assustam, as vais já começaram. Com paciência a situação pode ser revertida, a missão da diretoria agora é, feita a aposta nesses jogadores, bancar e dar suporte aos profissionais. O campeonato é longo, os reflexos de qualquer trabalho sério não vem do dia para a noite, o tempo e só ele dirá se confiar em jogadores desvalorizados foi uma boa escolha.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O jogo que São Paulo não viu

         Nenhum paulista na final da Copa do Brasil, promessa de baixa audiência na noite de quarta, solução: adiar um jogo do Campeonato Brasileiro. Ontem, nem Globo, nem Band transmitiram a final da Copa do Brasil entre Vasco e Coritiba (com título do Vasco em jogo emocionante), ao invés disso, as duas emissoras se sentiram mais confortáveis transmitindo São Paulo e Atlético. Negócios são negócios, se a transmissão de uma partida de um time paulista seria a curto prazo mais vantajosa, não há como questionar a atitude das emissoras, o dinheiro fala mais alto, e se isso está ou não certo já é outra questão.
Fernando Prass levanta a taça depois de jogaço no Couto Pereira,paulistas foram privados do jogo.
         Porém, a atitude mina uma competição com uma ótima imagem e um potencial comercial fantástico. Para explorar esse potencial Globo, Badeirantes e CBF poderiam apostar na promoção do evento, a final da Copa do Brasil é um grande evento, com um pouco de capricho a iniciativa poderia dar certo, o que a longo prazo solucionaria os possíveis "buracos" futuros e tornaria a competição cada vez mais atraente beneficiando, com o crescimento do produto, a televisão, a CBF e os clubes. Mais profissionalismo, mais competência, menos preguiça e menos imediatismo para quem manda no futebol do Brasil.














terça-feira, 7 de junho de 2011

Grandes times





Ronaldo, e a fenomenal seleção de 97.




     Falar de toda carreira de Ronaldo aqui seria um desperdício, há alguem que não conheça seus gloriósos feitos em São Cristovão Cruzeiro, Psv, Barcelona, Internazionale, Real Madrid, Milan, Corinthians e Seleção Brasileira?  São muitas histórias, muitas vitórias, muitas derrotas, uma carreira fenomenal. 
     Por isso no dia de sua despedida venho relembrar uma das fases que mais me marcaram e que, na minha opinião, merecia mais destaque que foi a do ano de 97. Neste ano a seleção passeou tanto na Copa América, na Bolívia, como na Copa das Confederações na Arábia Saudita.


 
Gols do Brasil na final da Copa das Confederações, três de Ronaldo, três de Romário, em reportagem de Tino Marcos

     A equipe de Zagallo se imortalizou pela dupla Ro-Ro, Romário e Ronaldo, os dois carequinhas infernizavam as defesas adversárias. Na Bolívia foram 6 vitórias em seis jogos com direito a 5 a 0 na Costa Rica na primeira fase e 7 a 0 no Peru nas semi-finais, a final foi contra a seleção anfitriã, vitória por 3 a 1 contra os bolivianos. Já na Copa das confederações foram 4 vitórias, um empate e um 6 a 0 na final contra a Austrália. Show da dupla Ro-Ro.



Time da final da copa das confederações contra a Austrália, 6 a 0 
  
      O time ainda contava com nomes como Flávio Conceição, Leonardo, Edmundo, Djalminha, Zé Roberto, Mauro Silva, foi uma grande época para o futebol brasileiro. Será que com Romário, na Fança em 1998, a sorte da Seleção seria outra?
        Enfim, adeus Ronaldo, obrigado por fazer parte desse time e de tantos outros.


          

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Momentos


   

 O melhor momento do                      
     gringo mais querido do Brasil      

   





       Em uma época em que final de carioca era sinônimo de clássico dos milhões - Flamengo e Vasco - , o Rubro-Negro conseguiu dois feitos importantes; o quarto tricampeonato estadual de sua história e fazer os rivais amargarem o "quase"  por três anos.
       Na terceira final seguida Flamengo e Vasco, campeão da Taça Guanabara e campeão da Taça Rio respectivamente, disputaram os tradicionais 180 minutos de futebol. Na primeira partida vitória da equipe cruzmaltina, 2 a 1. O título dava os primeiros passos para São Januário, com melhor campanha, o time da colina podia até perder por um gol que sairia do Maracanã com o título.
   

           A FINAL 

           Edílson abriu o placar para o Flamengo aos 21, deixando os rubro-negros a um gol do Tri. Antes do intervalo "Junico" paulista empatou, o carioca se aproximava das mãos do Vasco. No começo do segundo tempo Edílson devolveu as esperanças ao Flamengo, 2 a 1, muito jogo pela frente e só um gol separava a nação Rubro-Negra de mais um título carioca, a festa estava próxima. Porém, o terceiro gol não veio, e o tempo foi passando,  mais de quarenta minutos da segunda etapa já haviam sido jogados.

         O GOL DO TRI

         Falta para o Flamengo! A distância não é curta, não é daquele lugar que Zico, em outra época, cansou de dar alegrias para os flamenguistas mas quem estava na bola não era Zico, era Petkovic. O futebol do gringo, que se despediu ontem, se foi mas a cobrança de falta que deu ao Flamengo seu quarto tri do carioca é eterna. De longe, aos 43 minutos, Pet foi para a bola, o título nas mãos do Vasco, nas mãos de Hélton goleiro de estatura baixa, tudo conspirava a favor dos rubro-negros naquele Tri, até no banco, Zagallo o mais místico personagem do futebol era o sinal que faltava, a bola viajou, demorou, caiu, venceu o goleiro, morreu nas redes. Flamengo Tri-campeão carioca, 27/10/01.


  Homenagem ao recém aposentado Gringo mais querido do Brasil 

sábado, 4 de junho de 2011

As arenas e a identidade das torcidas

            Peñarol e Vélez Sarsfield disputaram ontem uma vaga na final da Libertadores, o destaque vai para o belíssimo espetáculo proporcionado por argentinos e uruguaios nas arquibancadas, tanto no Centenário na semana passada, quanto no José Amalfitani ontem. Teve de tudo, bandeiras, bandeirões, faixas, chuva de papel picado e até fogos de artifício, empolgante. O show das torcidas em estilo tipicamente sul-americano mostrou que é possível vislumbrar a conciliação entre a necessária modernização dos estádios e a manutenção da "festa popular".


Festa da torcida do Fluminense na Libertadores. As arenas vão acabar com isso?
          
            Com a construção das arenas pelo Brasil a tendência é que o jogo de futebol se torne um evento mais elitizado, fenômeno já em andamento diga-se de passagem no Brasil e pelo qual a Europa já passou. Lutar contra a tendência é difícil, porém não ser submisso à ela é possível.
            Na Inglaterra, por exemplo, o que se "perdeu" com a modernização foi a violência. Os hoolingans foram expulsos do cenário de futebol, o show das torcidas não. A forma de torcer, talvez seja mais fria, mas isso é uma questão cultural, as características, o jeito britânico de torcer continuam intactos. O caminho para não desfigurar a "festa do futebol brasileiro" é esse, não confundir organização com quadradice aproveitando o melhor da Europa e mantendo a identidade das nossas torcidas.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O fim da escravidão no Brasil e as arenas de 2014 - Comentário

    Dando uma lida nos blogs da Espn encontrei um artigo interessante de Lúcio de Castro, o link está abaixo.


O fim da escravidão no Brasil e as arenas de 2014

  

     Lúcio defende muitas idéias, com as quais eu concordo, o futebol é a festa do povo, as arenas são elitistas demais, enfim, ele constrói suas teses melhor que eu. Recomendo a leitura pois o texto é muito bom, porém, creio que Lúcio esquece de uma variável em sua análise.
     O futebol está inserido na sociedade em que vivemos logo, está sujeito à todas as regras sob as quais a dita sociedade está sujeita, e quais são essas regras? As regras do mercado, e o mercado para o futebol é rentabilíssimo.
     A Fifa, a Uefa já exploram esse potencial quase ao seu limite, e explorar esse potencial é lucrar ao máxmo em cima do evento atraindo um público com maior capacidade de compra, ou seja, excluindo aqueles que ,no caso do Brasil, construiram durante décadas a festa do futebol. Na Copa não vai ser diferente, esperar lugares acessíveis ao público menos abastado é ingenuidade (não me parece que Lúcio acredite nisso também), e a tendência é que com as "Arenas" a situação apenas se agrave. Para mudar esse quadro o segredo é mudar as bases da sociedade, o futebol é o reflexo do nosso tempo.