sábado, 18 de fevereiro de 2012

Opinião: Noroeste na A-2

Apesar da ótima campanha do Norusca na A-2, segunda colocação na sétima rodada, há um aspecto das duas últimas vitórias que é necessário salientar, o detalhe. Tanto contra o Santo André quanto contra a União Barbarense a equipe poderia ter saído com o empate ou até a derrota se não fossem gols perdidos, bolas na trave, desvio na zaga no segundo gol contra o Ramalhão... Os jogos foram parelhos e nem sempre a balança penderá para o alvi-rubro.

Claro que a mudança de postura entre a equipe da temporada passada e a equipe de Amauri Knevitz é notável, a entrega é fundamental e faz os detalhes jogarem a favor, mas a maré sempre muda e é preciso estar preparado para isso. Melhorar a qualidade do último toque e manter o nível de jogo durante os noventa minutos são fundamentais para que o Norusca siga firme na luta pelo acesso e pelo título da A-2, não é hora de deixar a peteca cair.

Personagens - Tuta

Tuta atuou pelo Flamengo no início dos anos 2000
Moacir Bastos, mais conhecido como Tuta um típico atacante trombador nascido no interior de São Paulo, na cidade de Palmital, voltou a jogar no futebol do estado em 2012. Com passagens por Flamengo, Fluminense, Grêmio, Coritiba, Atlético Paranaense, Palmeiras, Portuguesa e Vitória. O centroavante que começou a carreira no Araçatuba está disputando nesta temporada a séria A-2 do campeonato paulista pela União Barbarense.



O início não é o esperado, um pouco fora de forma Tuta marcou apenas um gol nos primeiros sete jogos pelo clube e pelo que apresentou hoje contra o Noroeste, em Bauru, na derrota da sua equipe por 2 a 0 quando foi substituído no intervalo, não é de se esperar que sua carreira tenha muito mais anos pela frente. 

Tuta na A-2 pela Barbarense
Apesar da falta de forma, nas vezes que conseguiu ter a bola no pé, Tuta mostrou capacidade diferenciada da dos os outros jogadores da A-2 explicando porque conseguiu a projeção nacional  que tantos outros buscam  mesmo não sendo um jogador de técnica refinada.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Qual é a fórmula?

A discussão sobre qual o melhor ( mais justo, emocionante, mais rentável... depende por qual ângulo analisamos) formato para a disputa dos campeonatos não é de hoje, mas foi avivada pela implementação dos pontos corridos no Brasileirão desde 2003. Particularmente, acredito que a decisão foi acertada por questão de justiça, mais pontos ao final do campeonato traduzem o melhor futebol apresentado ao longo da competição ou, pelo menos, a maior eficiência nas 38 rodadas, é a justiça em forma de tabela. Por outro lado as finais tem seu charme e apesar de às vezes glorificar equipes que não mereciam ser lembradas abrem a possibilidade para que o futebol bem jogado, mas nem sempre tão regular apareça, além é claro de todas a emoção das finais.

Para apimentar um pouco mais essa discussão analisemos um exemplo da atual temporada, a bipolarizada Liga espanhola. A Liga é um caso muito peculiar porque Barça e Real não tem nenhum outro rival que os faça frente, o que causa um enorme abismo na tabela entre os dois e entre as oito dezoito equipes. Então a questão é, será que essa fórmula de disputa realmente premia o melhor time espanhol? Repito, sou fã e apoio os pontos corridos como fórmula mais justa para apontar a melhor equipe da competição mas, acredito que a tabela do campeonato espanhol não traduz a diferença técnica que existe entre Real e Barça, no meu modo de ver pouca ou nenhuma, transformando o campeonato em uma competição para ver quem tropeça menos contra cachorros-mortos.

Afinal, qual a fórmula ideal para eleger o campeão?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A volta do papai

O anúncio da demissão e de Luxemburgo e da contratação de Joel Santana traz imediatamente a imagem da "festa" de despedida que marcou sua última passagem pelo clube. Para quem não lembra foi na trágica derrota para o América do México por 3 a 0 em pleno Maracanã em partida válida pelas oitavas-de-final da Libertadores de 2008

Dias antes o Flamengo era campeão carioca em cima do Botafogo. O clima era de festa, tanto que antes do jogo até homenagem para Joel aconteceu, o treinador iria tentar a sorte no comando da seleção da África do Sul, futura anfitriã da Copa do Mundo, era o cenário perfeito para a despedida, só esqueceram de avisar os mexicanos.

O América veio concentrado, dedicado, fez três a zero e eliminou o Mengão em pleno Maracanã na despedida de Joel Santana. Alguns apontam o esquema com três volantes como o vilão desta tragédia, outros a festa antes do jogo ou até a falta de manha para jogar uma Libertadores. Mas nenhum desses conseguiria concretizar a eliminação se não viessem juntos e acompanhados do grande acaso que foram os dois gols de Cabañas, chutes de longe e despretensiosos que antes de morrerem nas redes rubro-negras desviaram na zaga.

C.R.Flamengo 0x3 América
07/05/2008 - Maracanã 
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Leonardo, Ronaldo Angelim, Juan; Jailton (Renato Augusto), Kleberson (Obina), Ibson, Toró; Marcinho, Souza (Diego Tardelli). Técnico: Joel Santana.


O que a despedida e a volta de Joel tem em comum? Além da Libertadores, a bagunça que toma conta do Flamengo sabe-se lá desde quando. É impressionante como entra ano e sai ano o clube sempre nos brinda com más notícias extra-campo, falta seriedade. Ressalvas para o fato de que a hora é a melhor entre as piores, existe o hiato de 12 dias para que Joel prepare o time contra o Lanús no dia 15 e parece ser o nome certo para aparar arestas, apagar incendios e apaziguar a situação em um período curto como a Libertadores exige, mas o problema na gávea vai muito além do comando técnico e não é de hoje.