Novo critério de classificação para a Sulamericana

A mudança aconteceu a cerca de um mês, agora o Doente91 traz a explicação e as consequências da mesma. Não é tão fácil de entender por isso é legal dar uma olhada no quadro do fim no post para saber como funcionará o critério que a CBF irá usar para indicar seus representantes na Copa Sulamericana de 2013. Não esquecendo de que além de tudo que está escrito aqui ainda tem a Copa Nordeste, que voltará no ano que vem e pode garantir uma vaga na competição continental. 

MOTIVO 

Em comunicado oficial a CBF explicou que o motivo da mudança é pela logística de calendário referente ao confronto de datas entre partidas da Copa do Brasil e da Sulamericana, isso tudo ocorreu porque com o novo formato do torneio nacional que será disputado ao longo de toda a temporada, de março à novembro será impossível para um time jogar Sulamericana e Copa do Brasil ao mesmo tempo. 

Em agosto os jogos da Copa Sulamericana e da Copa do Brasil Coincidem na mesma data.
(Legenda: Verde-Copa do Brasil/ Azul-Sulamericana/ Vermelho-Libertadores)

Agora, o que foi  levado em conta para que a Copa do Brasil passasse a ser disputada ao longo de quase todo o ano e os clubes que disputam a Libertadores voltassem a participar do torneio? O blog Doente91entrou em contato com a assessoria da confederação para que a questão fosse respondida, mas depois de duas semanas de ligações e e-mails não obteve nenhuma resposta. 

Graças ao choque de calendário entre Sulamericana e  Copa do Brasil é possível que um time que se classificou para o torneio continental, na data de seu início, ainda esteja na disputa pela Copa do Brasil, o que fazer? Deixar a situação em aberto até a véspera!     

A princípio nada muda, a CBF elege como representantes brasileiros na Copa Sulamericana as equipes classificadas do 5º ao 12º lugar na competição, tudo se mantém até começarem as oitavas de final da Copa do Brasil. A equipe que estiver nas oitavas da competição é instantâneamente excluída da Sulamericana, devido ao choque de datas, portanto até a definição dos 16 finalistas da Copa do Brasil muito time vai estar na "fila de espera" da Sul-Americana, e nessa fila estão também as equipes que disputam a série B na temporada atual e até os rebaixados, que estarão na segundona no ano que vem. ( O quadro no fim do post tenta explicar a situação)    

Algo que pode atrapalhar na construção do elenco. Como montar um grupo de jogadores sem saber quantos e quais campeonatos se vai disputar? Imagine, o campeão da série B possivelmente com um orçamento humilde perto de outras equipes do país e de fora ficar sabendo na véspera que vai disputar a Sulamericana, quais as chances desse time conseguir alguma coisa na competição?                                                                                                                   

E o marketing? As empresas que vão investir pesado no esporte querem o mínimo de previsibilidade, é o que comenta Clarisse Setyon, Cordenadora de Pós-Graduação de Gestão de Negócios e Marketing do Esporte da ESPM, "sem dúvida alguma que, se o patrocinador tinha um plano de ação relacionado ao patrocínio, a mudança de calendário certamente trará consequências. Revisão de cronograma, orçamento, equipe, entre outros. Bons patrocinadores fazem um planejamento de longo, médio e curto prazo com seus patrocinados. Para isto tem que haver uma programação, reserva de dinheiro, equipe preparada. Se o calendário muda, os eventos mudam e o planejamento tem que ser refeito."
                                                                      

A incerteza no calendário traz prejuízos técnicos e financeiros para os clubes. Será que trazem algum benefício?

Ao lado: Os clubes em branco ficam no aguardo da definição da Copa do Brasil, se algum dos clubes em vermelho estiver nas oitavas de final da Copa do Brasil, vagas serão aberta para os da zona em branco seguindo a ordem do quadro.

Green Hell

Olha não sou expert em segurança de eventos nem nada,mas proibir a pirotecnia em estádios  é dar o golpe de misericórdia nas festas genuínas da torcida brasileira. Não tive a oportunidade de presenciar, mas sei que ir ver um jogo no estádio sempre foi sinônimo de fogos, fumaça, bandeiras, chuva de papel higiênico e muita festa. De uns anos para cá tudo isso vem diminuindo drasticamente e os estádios ficando cada vez mais quadrados.
A festa da torcida do Coxa na entrada de sua equipe no gramado era uma das que mantinham viva a tradição da torcida brasileira, acabou proibida. Tenho a impressão que só as torcidas nordestinas, com menção honrosa para a do Santa, mantém viva e verdadeira expressão do torcer no Brasil. Hoje no Couto Pereira uma versão high tech do Green Hell irá acontecer, tentativa louvável de continuar uma bela festa. É esperar para ver.
Agora, imagine no pós-Copa das arenas cheias de regras e das ações de marketing, ainda haverá espaço para a expressão autêntica do torcedor?

Festa da torcida do Coritiba no Couto Pereira

Toricda Corintiana no Morumbi em 1977.
Exemplo de um entre muitos espetáculos
 proporcionados pelas toricdas país afora.

Quartas da Libertadores - Clássico nas semi-finais

Quarta-feira - Herói Cássio

A saga do Corinthians em busca da Libertadores é um caso à parte, o 0 a 0 em São Januário prometia um jogo muito tenso para a volta e assim foi. Um gol do Vasco, além de trazer as dificuldades normais de um gol fora de casa, traria à tona o trauma da eliminação, que atinge a equipe alvi-negra mais do que à qualquer outra. A equipe carioca começou melhor, mas o jogo foi parelho. O lance da partida foi protagonizado por Diego Souza e Cássio. O lance começou com uma dividida ganha pelo meia vascaíno que ficou com o campo aberto para avançar e decidir o que fazer para abrir o placar, Cássio conseguiu ler bem a intenção do meia, fechou o angulo e salto decidido para impedir o gol vascaíno, foi maior o mérito do goleiro do que o demérito do vascaíno. O meia até poderia ter tentado uma jogada diferente mas fez o arroz com feijão, deslocou o goleiro, a única chance de Cássio era esperar a decisão de Diego e reagir rápido, fez isso com primazia e salvou o Corinthians de tomar o primeiro gol e de uma provável desclassificação. Paulinho no último minuto tratou de potencializar o efeito da defesa.


Quinta-feira - Herói discreto

Na quinta o Santos tinha um argentino cascudo como adversário, o Vélez. O 1 a 0 demorou a sair, saiu com a assistência de Léo e o gol de Alan Kardec. A decisão foi para os pênaltis e coube ao lateral veterano bater a penalidade que selou a classificação santista para as semi-finais final heróico. Mas além de Léo e Kardec, o Santos contou com um herói tarimbado mas que soube ser eficiente e discreto, Neymar chamou o jogo quando precisou criou jogadas e marcou o seu penal. Isso é o que se espera do jogador mais importante do time.


O confronto

O Santos sofreu para passar do sexto colocado do Clausura, o Corinthians sofreu mais de uma década para voltar às semi-finais da Libertadores... Quem tem mais credenciais para avançar?
O Santos tem um time com mais talentos e bem montado, mas sem Ganso, com a transferência de Ibson e a fase não tão boa de Elano reduz as possibilidades de seu elenco, o Corinthians por outro lado tem um time seguro que não tomou gols em casa mas sofre com a sina da Libertadores, em um lance Neymar e companhia podem acabar com toda essa segurança. Para o Corinthians quanto mais perto do final com a situação indefinida melhor, para o Santos o ideal é tentar decidir o quanto antes, de preferência na Vila. Será o maior Santos e Corinthians da história.

Manchester United 99

Em 99 os Red Devils conseguiram um feito raro o "Treble", ou a Trílpice Coroa. Levaram para a casa a FA Cup, a Premier League e a Champions League em uma final histórica contra o Bayern de Munique e passando por equipes como a Juve de Zidane e o Barça de Rivaldo, eleito o melhor jogador do mundo no ano.


Na Premier League a briga com o Arsenal de Bergkamp, até a última rodada. Ironicamente os Gunners tiveram que torcer pelo Tottenham contra o United. Os Spurs até saíram na frente, mas Beckham e Cole viraram para o Manchester garantindo o título Inglês. O artilheiro da Premier foi Dwight Yorke, com 18 gols, junto Hasselbaink, do Chelsea e Micheal Owen do Liverpool.


O elenco do Manchester era recheado com bons nomes com destaque para Beckham, eleito segundo melhor jogador no mundo no ano de 99. Um ataque de peso com Andy Cole, Dwight Yorke além o talismã Ole Gunnar Solskjaer. No meio Scholes e Giggs davam o toque de classe, enquanto Nick Butt e Roy Keane fechavam a defesa. Irwin e Gary Neville eram os side-backs de um miolo de zaga comandado pelo holandês Jaap Stam e no gol o dinamarquês Peter Schmeichel.

Fontes: youtube.com > English Premier League 1998/1999  ; aboutmanutd.com ; Wikipédia e Uol esportes.

Opinião: Noroeste na A-2

Apesar da ótima campanha do Norusca na A-2, segunda colocação na sétima rodada, há um aspecto das duas últimas vitórias que é necessário salientar, o detalhe. Tanto contra o Santo André quanto contra a União Barbarense a equipe poderia ter saído com o empate ou até a derrota se não fossem gols perdidos, bolas na trave, desvio na zaga no segundo gol contra o Ramalhão... Os jogos foram parelhos e nem sempre a balança penderá para o alvi-rubro.

Claro que a mudança de postura entre a equipe da temporada passada e a equipe de Amauri Knevitz é notável, a entrega é fundamental e faz os detalhes jogarem a favor, mas a maré sempre muda e é preciso estar preparado para isso. Melhorar a qualidade do último toque e manter o nível de jogo durante os noventa minutos são fundamentais para que o Norusca siga firme na luta pelo acesso e pelo título da A-2, não é hora de deixar a peteca cair.

Personagens - Tuta

Tuta atuou pelo Flamengo no início dos anos 2000

Moacir Bastos, mais conhecido como Tuta um típico atacante trombador nascido no interior de São Paulo, na cidade de Palmital, voltou a jogar no futebol do estado em 2012. Com passagens por Flamengo, Fluminense, Grêmio, Coritiba, Atlético Paranaense, Palmeiras, Portuguesa e Vitória. O centroavante que começou a carreira no Araçatuba está disputando nesta temporada a séria A-2 do campeonato paulista pela União Barbarense.

O início não é o esperado, um pouco fora de forma Tuta marcou apenas um gol nos primeiros sete jogos pelo clube e pelo que apresentou hoje contra o Noroeste, em Bauru, na derrota da sua equipe por 2 a 0 quando foi substituído no intervalo, não é de se esperar que sua carreira tenha muito mais anos pela frente. 

Tuta na A-2 pela Barbarense

Apesar da falta de forma, nas vezes que conseguiu ter a bola no pé, Tuta mostrou capacidade diferenciada da dos os outros jogadores da A-2 explicando porque conseguiu a projeção nacional  que tantos outros buscam  mesmo não sendo um jogador de técnica refinada.

Qual é a fórmula?

A discussão sobre qual o melhor ( mais justo, emocionante, mais rentável... depende por qual ângulo analisamos) formato para a disputa dos campeonatos não é de hoje, mas foi avivada pela implementação dos pontos corridos no Brasileirão desde 2003. Particularmente, acredito que a decisão foi acertada por questão de justiça, mais pontos ao final do campeonato traduzem o melhor futebol apresentado ao longo da competição ou, pelo menos, a maior eficiência nas 38 rodadas, é a justiça em forma de tabela. Por outro lado as finais tem seu charme e apesar de às vezes glorificar equipes que não mereciam ser lembradas abrem a possibilidade para que o futebol bem jogado, mas nem sempre tão regular apareça, além é claro de todas a emoção das finais.

Para apimentar um pouco mais essa discussão analisemos um exemplo da atual temporada, a bipolarizada Liga espanhola. A Liga é um caso muito peculiar porque Barça e Real não tem nenhum outro rival que os faça frente, o que causa um enorme abismo na tabela entre os dois e entre as oito dezoito equipes. Então a questão é, será que essa fórmula de disputa realmente premia o melhor time espanhol? Repito, sou fã e apoio os pontos corridos como fórmula mais justa para apontar a melhor equipe da competição mas, acredito que a tabela do campeonato espanhol não traduz a diferença técnica que existe entre Real e Barça, no meu modo de ver pouca ou nenhuma, transformando o campeonato em uma competição para ver quem tropeça menos contra cachorros-mortos.

Afinal, qual a fórmula ideal para eleger o campeão?

A volta do papai

O anúncio da demissão e de Luxemburgo e da contratação de Joel Santana traz imediatamente a imagem da "festa" de despedida que marcou sua última passagem pelo clube. Para quem não lembra foi na trágica derrota para o América do México por 3 a 0 em pleno Maracanã em partida válida pelas oitavas-de-final da Libertadores de 2008

Dias antes o Flamengo era campeão carioca em cima do Botafogo. O clima era de festa, tanto que antes do jogo até homenagem para Joel aconteceu, o treinador iria tentar a sorte no comando da seleção da África do Sul, futura anfitriã da Copa do Mundo, era o cenário perfeito para a despedida, só esqueceram de avisar os mexicanos.

O América veio concentrado, dedicado, fez três a zero e eliminou o Mengão em pleno Maracanã na despedida de Joel Santana. Alguns apontam o esquema com três volantes como o vilão desta tragédia, outros a festa antes do jogo ou até a falta de manha para jogar uma Libertadores. Mas nenhum desses conseguiria concretizar a eliminação se não viessem juntos e acompanhados do grande acaso que foram os dois gols de Cabañas, chutes de longe e despretensiosos que antes de morrerem nas redes rubro-negras desviaram na zaga.

C.R.Flamengo 0x3 América
07/05/2008 - Maracanã 
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Leonardo, Ronaldo Angelim, Juan; Jailton (Renato Augusto), Kleberson (Obina), Ibson, Toró; Marcinho, Souza (Diego Tardelli). Técnico: Joel Santana.

O que a despedida e a volta de Joel tem em comum? Além da Libertadores, a bagunça que toma conta do Flamengo sabe-se lá desde quando. É impressionante como entra ano e sai ano o clube sempre nos brinda com más notícias extra-campo, falta seriedade. Ressalvas para o fato de que a hora é a melhor entre as piores, existe o hiato de 12 dias para que Joel prepare o time contra o Lanús no dia 15 e parece ser o nome certo para aparar arestas, apagar incendios e apaziguar a situação em um período curto como a Libertadores exige, mas o problema na gávea vai muito além do comando técnico e não é de hoje.